Engraçado como o brilho de algumas estrelas parecem se esconder na vastidão do universo com um sipmles olhar, parecem ofuscar-nos de seu pudor mais belo, enquanto tentamos, em vão, focar-lhes sua essência. Um passar de mãos sobre a relva crescente e destemida, sem estorvar,
sentindo toda grandeza e insignificância do não gozar de limites.
Colocamo-nos entre elas, solitárias, pacientes e concessivos para com os olhares admirados
entre cada período e lugar, nos deslocamos para cada abismo, reflexo de solidão, quinhão, a estagnação fronte a tudo.
De que adianta tentar, se o nada sou, e o tudo será.
domingo, 30 de agosto de 2009
Fundamentos da Serenidade
Flor da maracujazeira, Passiflora edulis Sims, do grego Passi (paixão), flor da paixão, nome atribuído devido ao papa V que, ao ver a flor, afirmou ser revelação divina, paixão de cristo, com toda uma analogia, devaneio católico
Ah a primavera, e os esguios campos sem relva
Sol a pino e uma leve brisa salgada
O ir e vir das águas flertando nossos sonhos
E como dançam com a imaginação!
Indo e vindo...
No horizonte, linha reta, abismo, armadilha de olhar
Há, ainda, ponderação deturpada
Objeto de desejo, cativo da alma
Transfigura em doce o salgado do ar
Indo e vindo...
Convidativo, confortante, até prazeroso
E também passar o tempo sem o tempo passar
Corre nuvens, um crepúsculo, um poente
E já não mais vão e vem
Foram vindo e indo, se esvaindo
Os campos, agora mais delgados, amuados em consequência da lua
Deliberadamente nua, fria
De alguma forma fazem-nos compreender
Remeter uma praia vazia, breu do céu
Longe presente, próximo ausente
Um barco agora desbravando o ermo entre estrelas
Nos fazendo ir e vir
Long Road
E eu desejei por tanto tempo, não posso ficar
Todos os momentos preciosos, não posso ficar
Não é porque as asas caíram, não posso ficar
Mas ainda há alguma coisa faltando, não posso ficar
Segurando as mãos de filhas e filhos
E a confiança deles está caindo
Eu desejei por tanto tempo
Como eu desejo por você hoje
Andarei eu a longa estrada? Não posso ficar
Não há necessidade de dizer adeus
Todos os amigos e família
Todas as memórias voltam
Eu desejei por tanto tempo
Como eu desejei por você hoje
E o vento continua soprando
E o céu continua se tornando cinza
E o sol se põe
O sol irá nascer outro dia
Eu desejei por tanto tempo
Como eu desejo por você hoje
Andarei eu a longa estrada?
Nós todos andaremos a longa estrada
Um Último Agosto
Não como uma gota a desbravar os céus
Uma alma amaldiçoada a não ser
O último dos queixais subverte para desaparecer
Vertendo em lágrimas o prazer e a dor
O dia seria então, para não ser o esperar apenas anoitecer
Sem temer o provém do que ontem era o amanhã descabido de ternura
Pode ser...
Imerecido com custo da porventura da súcia de velhacos
Concebem e perduram nos fracos e desvalidos
Entretanto não impugnam somente estes com infortúnio enquanto desprovidos de culpa
Fazem-se valer nos mais bravos e desafiadores também
No futuro tornarão-se uma nostálgica cobiça
A incerteza de viver
Assinar:
Postagens (Atom)